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15/06/2013 18h15

Tecnologia deve facilitar aprendizado de alunos com deficiência auditiva

 

Estudantes com deficiência auditiva da rede pública terão acesso ao sistema de frequência modulada pessoal, uma tecnologia que facilita o aprendizado em sala de aula. O Ministério da Saúde decidiu oferecer o sistema pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde o mês passado. A eficácia foi comprovada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O aparelho funciona como um microfone sem fio, que leva a voz do professor direto para o aparelho de audição da criança. A tecnologia, desenvolvida na Suíça, custa até R$ 8 mil e  será oferecido de graça pelo Governo Federal.

 


O aluno Guilherme, de 12 anos, tem dificuldade pra ouvir e a comunicação com os colegas é por libras, a linguagem brasileira de sinais. Ele também usa um aparelho que amplia os ruídos do ambiente, que em vez de ajudar, pode atrapalhar em algumas situações, já que o ouvido da criança fica muito sensível a qualquer tipo de barulho, bem comuns nas salas de aula.

“Eles vêem alguma coisa diferente, querem conversar um com o outro ao mesmo tempo, tem que chegar e falar calma, gente, para”, comentou o professor Luís Augusto Krepski.


Além do ruído, outro problema que pode atrapalhar o aprendizado é a distância entre o professor e o aluno. O sistema de frequência modular reduz o ruído da sala de aula e funciona como um microfone sem fio.


“O professor fica com o transmissor e com o microfone, que capta a sua voz. Esse sinal é encaminhado por rádio frequência para o receptor, que é uma peça acoplada no aparelho auditivo do aluno”, explicou a pesquisadora da USP, Regina Tangerino.

Teste
O equipamento foi testado durante seis meses com mais de 200 alunos entre 5 e 17 anos de escolas públicas de todo o país, incluindo estudantes de Campinas, Ribeirão Preto, Botucatu, Lençóis Paulista, Prudente e Bauru (SP). “O que se observou é que os alunos ficaram mais focados na voz do professor e mais focadas e alertas, com respostas mais rápidas”, disse Regina.

A fonoaudióloga Patrícia de Godoy explica que o aparelho ajuda no desenvolvimento de várias habilidades. “Trabalha na detecção da fala, ajuda na localização, na atenção, concentração e aluno acaba tendo melhor desempenho escolar”, comentou.

O aparelho de frequência modulada também é uma esperança para Ester Santos, de 7 anos, que já está cansada dos barulhos em sala de aula. “As crianças gritam e o fica um barulhinho que atrapalho”, disse. Ela tem uma deficiência auditiva leve, o que já compromete o aprendizado.

Como não tem condições de comprar o aparelho, a mãe aguarda a chegada do equipamento na escola. “Vai ser bom para todas as crianças, não só para as com dificuldades, mas para as outras e para as professoras, porque para elas também não é fácil”, disse a dona de casa Sandra Santos, mãe de Ester.

Liberação
Segundo o Ministério da Saúde, é dentro da escola que começa o processo para liberação dos aparelhos. O Ministério da Educação vai preparar professores para ajudar a identificar os alunos que tenham problemas de audição.

Os estudantes serão encaminhados para os postos de saúde para exames com médicos especialistas, que serão responsáveis pela configuração do aparelho, se a necessidade for confirmada.

Fonte: G1.com

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